O Royal Institute of British Architects (RIBA) anunciou três vencedores do concurso internacional de projeto Rethink: 2025. Buscando projetos para um mundo pós-pandemia, a competição convidou arquitetos e estudantes a imaginar como será a vida e o ambiente construído até 2025. No total, foram mais de 147 inscrições vindas de 18 países, todas procurando reinventar a vida cotidiana.
Aos participantes foram apresentadas sete categorias das quais seria possível projetar ideias - o futuro de: espaços de assistência médica, aprendizado remoto, vivência em regiões de alta densidade, transporte público, ruas comerciais versus compras on-line, viagens internacionais e uso de tecnologia para monitorar e controlar populações. O painel de jurados, composto por seis profissionais da área e presidido pelo editor do RIBA Journal, Hugh Pearman, escolheu três vencedores em três categorias - edifício, cidade e rua. O fundo total do prêmio de £ 8.000, patrocinado pela Arup e pelo RIBA, será dividido igualmente entre os vencedores, com cada um recebendo £ 2667.
Rethink: 2025: inscrições vencedoras são:
Streets are Made for Walking, People Matter.
Esta proposta usa a Holloway Road, uma estrada arterial no norte de Londres - como um exemplo do que poderia ser feito em qualquer cidade redesenhando suas ruas e criando um espaço público de alta qualidade para aqueles que moram nos dois lados desses corredores viários. À luz das mudanças na maneira como usamos as ruas devido à pandemia - o projeto demonstra a esperança por uma modificação permanente em relação aos métodos de transporte mais sustentáveis e que exigem esforço físico. Esta proposta oferece um programa de duas etapas para capitalizar essas mudanças e acelerar a transição para ruas mais sustentáveis, mais verdes, mais seguras e mais felizes.
A primeira etapa será garantir que as mudanças temporárias nas ruas sejam permanentes até 2025 e que até 2035 esses bairros mais habitáveis e respiráveis estarão interligados em uma série de anéis laterais. A ideia é que as vias radiais desde o centro diminuam em importância, como o próprio centro, e as conexões laterais aumentem em importância. Com quantidades reduzidas de deslocamento para os centros das cidades, previstas na proposta, esse realinhamento se torna viável e desejável.
Greater London Agriculture, Tim Rodber e Dominic Walker
Esta proposta visa transformar a área metropolitana de Londres em um cenário agrícola ecologicamente diversificado, abordando a premissa de que a produção industrializada de alimentos nos tornou vulneráveis à doenças transmitidas de animais para seres humanos. O projeto propõe a introdução da agroecologia (agricultura sustentável que trabalha com a natureza) em Londres, incorporando espaços de cultivo dentro e ao redor da cidade, introduzindo financiamento para a educação agroecológica permitindo que estes agricultores pioneiros aprendam as habilidades necessárias para cultivar e transmitir conhecimentos.
Inicialmente, uma colcha de retalhos de plantações, com o tempo, esses espaços de cultivo serão conectados por corredores bio-diversos, com flores silvestres para polinizadores e plantas comestíveis para forrageamento. Ao longo do Tamisa, diversas atividades se tornarão parte dessa paisagem comestível, desde os pântanos de Rainham Marshes para pastagem de gado, pomares, até fazendas experimentais de algas flutuando no estuário. Os empreendedores da economia circular trabalharão para melhorar a logística, combinando intimamente o volume de alimentos com a demanda, criando valiosos produtos inovadores de bio-economia que abrangem alimentos sazonais interessantes. Subprodutos orgânicos retornarão ao solo e o ciclo virtuoso continuará.
Get Everyone In, Benjamin Holland, Olivia Dolan, Katie Williams
Esta proposta se baseia em duas questões que foram ampliadas pela pandemia - a necessidade de abrigar pessoas sem-teto e a previsão de que muitos escritórios se tornarão permanentemente redundantes. Reunindo essas questões, sugere-se que os escritórios vazios possam ser reutilizados para abrigar pessoas sem-teto.
A reformulação proposta de uma torre de escritórios vê instalações de saúde comunais no nível do térreo e traz a natureza para o espaço com jardins no nível intermediário - além de oferecer uma oportunidade para os residentes cultivarem sua própria comida em jardins verticais. No pavimento superior, os desenhos mostram como os escritórios de plano profundo podem ser usados para dormitórios no estilo de albergue ao redor do perímetro, com espaços comuns no centro. Também há um nível específico destinado à alguns funcionários do escritório.
Notícias via RIBA